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sábado, 16 de julho de 2011

Relógio

É triste deparar-se com o tempo.
Com o reflexo da minha imagem,
No espelho do tempo da vida.
A morte é florida e risonha,
É o inicio da eterna felicidade.

O TEATRO DO POETA

Poema do Teu Riso

Mundo tão belo,
Breve verso de amor.
Canto para ti,
Um dia inteiro de cantigas.
Cantigas românticas.
Crio um infinito canto,
De coro cantando sonhos.
Solene, tu passas.
Tímida, apaixonada e
Sentindo-se amada.
Tão belo são esses teus cabelos,
Pois não há palavras para
Demonstrar-te, o meu simples
E puro,
Desejo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vida

A vida passa tão rápida,
Passa tão rápida pela janela da vida.
A vida passa dizendo que passa.
Passando depressa, a vida passa.
Pela janela da vida, também passa o dia.
Azul radiante.
A vida passa rápida pela janela da vida,
Assim como um sorriso que por trás da
Janela vê a vida passar.

Uma Cidade

Danço para comemorar
O nascimento do pôr-do-sol,
Nas pedras frias do Arpoador.
Tão distante e ardente.
Cresce de repente,
Um amor.

Você

Quero estar ao seu lado,
Qualquer lado do dado.
Que estejamos assim,
Parados diante do Pão.
Tão açúcar, e amargo
Da paisagem selvagem
De sentimentos frágeis.
Você é carioca morena.
Minha morena flor.

NOTAS MUSICAIS

Barquinho de Papel

Com o jornal de ontem,
Faço-te um pequeno barco.
Para brincarmos,
Com a tristeza das notas impressas.
Ele vai sorrindo,
Sem perceber. Sem dizer.
Sentir é forte, e bonito.
Bonito, é a cara do Rio.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Desejo

Quero um dia, ser reconhecido
Pelas minhas poesias simples.
Quero ser um poeta insensato,
Com sapato preto e terno de linho.
Quero ser um ninho de idéias,
Idéias românticas e leves. Puras.
Quero mostrar-me, não mostrando.
As qualidades da felicidade, do meu desejo.

Sete desejos, duas vidas e um amor

Sete do sete, não tem mais que vinte e sete.
São apenas sete dias, antes do baile.
Pequenas danças, sete cirandas.
Eram sete horas, e não havia sete segundos.

Cheguei com minha gravata borboleta, ajeitando-a.
Sete passos até a porta, e dois ao seu encontro.
A vontade de protegê-lo era visível. Abracei-o.
Meu amor, eu dizia. Minha vida, ele respondia.

Sete anos, e tudo que eu sentia, crescia.
Eles não entendem ignorantes. Pensava.
Os nossos olhares cruzavam o salão, vazio..
Sete desejos, duas vidas e um amor.

Ele era tudo, que eu sonhei, procurei.
Ao seu lado, sentia-me renovado a cada dia.
A música ao fundo, tocava. Ecoava.
Dançamos por sete segundos, quando o beijei docemente.

Foi quando abri os olhos, e percebi que a música havia parado de tocar.
Ecoando no salão, o amor. Ecoando paixão, sentimentos verdadeiros.
Saímos do salão, caminhando pela trilha. Mãos dados, sob o luar.
E selamos com um beijo, ao amor que durou setenta e sete anos de nossas vidas.

Ainda me recordo dos sete passos até a porta, e dois ao seu encontro.

Uma Vida

Depois da vida que eu sonhei para nós dois,
Você saiu voando pela janela aberta.
E nunca mais voltou.
Fiquei aqui, sentado. Esperando-te.
E creio que você irá voltar, para que me leve junto contigo.
Para voarmos entre os prédios do centro.
Entre as nuvens que hoje, não me deixam te ver.

Poema ao Som do Blues

As velas vão queimando rapidamente.
E eu sinto falta, sinto falta da minha garota.
E isso dói. Vai doendo, e é cada vez mais visível.
Eu quero minha garota, essa noite.
Eu a quero somente esta noite, eu a quero.
Chega de chorar o passado. Isso precisa ter um fim.
Nós ouvíamos Blues, toda noite. Noite adentro.
Ficávamos vendo as estrelas, e o universo.
Eu e minha garota, minha garota e eu.
Esse poema vai nascendo através do Blues.
É uma dedicatória, para a garota mais bonita.
Ela sabe que este poema, é para ela.
E enquanto isso, as velas vão queimando.
Vão iluminando, e iluminando o inexplicável.

sábado, 9 de julho de 2011

Inconstante

Eu sou inconstante, como o vento.
O vento que assopra que espalha.
O vento que vai de canto em canto.
Sem perder o encanto.

Eu sou como o dia, parecido com a noite.
Eu sou como o vento que te alivia, numa manhã.
O vento sem espaços ultrapassa lugares.
Aliviam desejos, ocultam maldades.

Inconstantemente controlado pelo vento,
Eu fujo para longe, eu fujo para o amanhã.
Estas linhas sopradas pelo vento.
Mostram o inconstante ser que não podemos ver.

Bailarina

Uma pequena bailarina dança.
Abrindo seus braços, sorrindo.
Ela é simples. Doce. Olhos azuis.
Fingi morrer, fingi comer.
Assim, é Dulce. Na beira do mar, ela dança.
Vive, dançando.
Dança neste verso.
Dança na vida, para ganhar vida.

Bolhas


Eu crio pequenas vidas, transparentes.
De todos os tamanhos, todas circulares.
Eu crio pequenas partes do meu complexo.
Idas, para um atalho num céu azulado.

São todas simples, como este verso.
Que voam para onde o vento, assopra.
As cores são como humor vivem sorrindo.
São delicadas e leves. São simples.

Podem voar, entre as nuvens.
Surpreender, com simplicidade.
Ser admiradas, admirando.
Um simples ato as cria. Dando liberdade.

Manchando este verso, com álcool.
Bolhas voam, por entre as folhas.
Voam todas feitas de assopro.
Transparentes, leves e livres.

Pés Cansados

Desenhei em pequenos sonhos, vidas dentro de jarros.
Vidas, separadas por preposição. Emoção urbana.
Caminhando por entre o sul, desejando o norte.
Dedos pintados com magia, dedos enrolando cabelos.

Desenhei simplesmente, dias mais brilhantes. Azuis.
Ligando pontes, numa ligação multiplamente incolor.
Caminhando por entre nuvens, desejando sabores.
Dedos pintados com sangue, manchando o asfalto.

Senti uma angustia, triplicando essa sensação.
Revivi nos pequenos versos meus pés cansados.
Caminhando por entre as tristezas, desejando as alegrias.
Dedos pintados com saudade, inventando felicidade.

Bebi, um dose de pequenas magoas. Passadas e futuras.
Liguei números complexos, como numa fácil adição.
Caminhando por entre as palavras, desejando textos.
Dedos pintados com noites, eternizando meus dias.

Menina

A imagem da relação feminina consigo.
A suavidade de palavras escritas ao corpo.
De excessos de vontades, e palavras ditas.
A vontade de ter outras ações, de reações amorosas consigo.

A escrita, como símbolo da independência dos sonhos que queremos.
A vontade de relações livres e meigas.
A cura da cura, do intenso incenso, das roupas curtas
E o anel ao dedo.

Os recortes, a bolsa. O prazer à direita, o beijo na sexta.
A suavidade do prazer se iguala.
E as palavras caem como luvas á mão.
Os olhos pintados vêem aquilo que sempre quis.

A certeza incerta do prazer, igualada por relações intensas.
O caminhar duvidoso, do corpo tocado.
As faces tocam uma a uma, o excesso de novidades a cada beijo.
A feminilidade de corações envolvidos, de tudo aquilo que sonhou.

Procurou e achou; a mentira guardou, e o cabelo penteou.
A vontade de querer aquilo tudo crescia.
Os sentimentos se envolveram, e a relação caiu como uma lágrima
Ao tecido junto ao corpo.
Pois o sonho não se realizou.

SENTIMENTAL

Destino

E assim vai distante,
Distante instante.
Instante distraído,
Foi-se distanciando.

SEJA BEM-VINDO, LEITOR (A)

Olá
- Oi, Tudo bem?
Vejo nos olhos de quem vê a doçura do piscar
De seus olhos.
Respire, aliviando a sensação da manhã nublada.
Fitando as nuvens cinza, sob os prédios
Que enfeiuram o céu. A paisagem.
Quimeras de algodão doce, coloridas.
Alegro-me com o riso, do riso que ri da própria risada.
Estarei contigo, no brilho de seus olhos
Na emoção dos seus sentimentos.
No estalar de seus dedos.
A vida é um mistério a ser desvendado dia-a-dia,
Seguindo no fundo da alma, uma voz de criança dizendo:
Seja Feliz!
Alex Marinho